segunda-feira, 30 de junho de 2008

Dicionário Técnico do Curso de Letras

Para você que ainda não conhece o curso de letras freqüentado pela minha ilustre pessoa, segue abaixo o dicionário que será essencial para você compreender certos termos técnicos empregados em alguns post.

Ato Falho: Fenômeno que ocorre a cada 20 e poucos anos no qual é concebido três seres humanos que não servirão pra nada, salvo para causar náuseas nos seres circuncidantes.

Bozo: Ser do sexo feminino que possui um cabelo exótico a La Bozo, que costuma coçar as nádegas ou o toba enquanto está sendo “filmada” pelos celulares alheios.

Carne de Fabiano: Não serve nem pra picadinho. Bucho é melhor. Moela também. E sambiquira é filé. Essa carne é tão ruim, tão ruim que se você tentar cozinhar, fritar ou utilizar qualquer método culinário para prepará-la, está arriscado ela avançar em você. Além disso, sua mãe não vai querer preparar essa carne, pois ela tem nojo. Então se você algum dia achar na rua (porque nenhum mercado ou açougue ousa vender) tenta a sorte de consumi-la sem “passar dessa para uma melhor”.

Ditosa Bicha Galopante: Ser que não tem noção de espaço, situação e tempo. Possui duas armas infalíveis quando o assunto é irritação: Suas palminhas clodovilescas, acompanhadas por seu biquinho molhado e nojento ou então sua enorme bunda que costuma utilizar peças íntimas atochadas no butuim, virada para a nossa sensível e seletiva visão.

Epa! Epa! Epa!: Grito de guerra do nosso magnífico, revolucionário e soberbo coordenador-professor. Reza a lenda que numa noite sinistra de 24 de maio de um ano não muito recente, depois de muito estudar sobre Saussure, Labov e Che Guevara, ele resolveu se corromper, assistindo “A Praça É Nossa”, e de repente o espírito da Vera-Verão incorporou em sua pessoa, acompanhando-o desde então. Assim, sempre que é contrariado (a) ou quando quer manifestar certa empolgação, esta existente devido à presença de duas figuras masculinas na sala que, de fato, são masculinas, ele grita: EPA! EPA!EPA! ou melhor: Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeepaaaa!!

Fundão: conhecido também por cozinha é o lugar onde se reúne os oito seres pensantes e beberrões da turma. É incrível o poder de coerção que eles exercem sobre os demais. Tudo, tudo mesmo, que eles fazem é engraçado e acaba contagiando a turma, exceto os que não são humanos (ver também “Ato Falho”).

Gilete – Man: rapaz distinto e atraente que, num acidente terrível, caiu de uma altura de 20 metros, cegando a parte da “gilete” que caberia a maioria da turma de letras. Desde então, um certo ser do sexo feminino tenta compensar o lado perdido adestrando o menino, oprimindo-o, fazendo com que ele beija sua boca. O que ela não sabe é que, o lado funcional da gilete serve para retirada de pentelhos. E isso faz tempo.

Homem das Cavernas (ver também “Ato Falho”): Objeto não-identificado que travou uma guerra feroz com o barbeiro e nunca mais o visitou. Insiste que seu visual exótico a La Mindjès é rox, show, supimpa! Mas na verdade ele acha que é a reencarnação do Sansão, mas para a Dalila não ousar cortar seu cabelo, ele parou de lavá-lo. Sua maior habilidade é, em todas as aulas de língua inglesa, disparar freneticamente vocábulos da referida língua, numa velocidade tamanha que nem o professor entende o que ele fala. Até hoje não se sabe se ele realmente está falando. Uns acham que ele até fala, mas com um ovo na boca. Outros acham que ele está vomitando. Há ainda aqueles que juram que se trata de cólicas peristálticas.

Invisíveis: Parte da turma que ninguém sabe, ninguém viu e ninguém se interessa em saber quem é.

Jesus apaga a luz: Expressão utilizada com freqüência entre o grupo dos oito, pois, ao examinar com cautela os seres que os cercam, pedem para que a luz desapareça, pois pedir a cegueira seria algo meio drástico (mesmo assim, eficaz!). Por isso, esses seres preferem estar devidamente alcoolizados antes das aulas, haja vista que o álcool diminui o poder analítico e serve também como embelezador.

KY: Banda vinda do Norte e que é muito admirada pela nossa amiga Gisele. O ministério da saúde adverte: o uso excessivo e inadequado do produto pode acarretar danos irreversíveis e dolorosos a sua moral e categoria relativa a sexo que rima com moral. Cuidado com a guitarra do Chimbinha!

Le Fetiche: Livro que narra a saga de seres que construíram um cassino com o intuito de disfarçar as verdadeiras atividades praticadas dentro daquele estabelecimento. É comandado por um forte mafioso, que depois da meia-noite, transforma-se em uma Beeba tresloucada em busca de progressivas e escovas inteligentes. Com seu andar arrastado, olhar caído e fala marota, enfeitiça os docentes, obtendo assim, notas suficientes para galgar etapas, rumo a sua formação profissional. Além disso, costuma pedir esmolas em grupos de trabalhos, visando a um lugarzinho na folha de papel, afinal, colocar um nomezinho só não custa nada né?

Misinfim Motherfuck: Entidade perene nas aulas de inglês, costuma descer nas aulas da Marta Só de Ré, Tales Tchola Refinada de Cross Fox e Bicha Religiosa, conhecida como Paulo Tchola. Quando se manifesta, fica com um ombrinho caído em movimentos que lembram a Xica da Silva e sua carinha branca, mandando todo mundo ir tomar naquele lugar onde não bate sol.

Noiva do Chuck: Carlos André de peruca, vestido de noiva. Ou Xoana em seu modelito casual.

O Olho que tudo vê: nome dado ao cofre aparente da Letícia (ver também Ato Falho) que insiste em ficar exposto, mesmo nos dias mais intensos de inverno.

Pentelho: resquício encontrado em algumas bocas que, normalmente pertencem ao sexo masculino. Mas por muita perseverança e coragem, alguns pentelhos migraram para uma certa boca feminina...

Que vá pro raio que o parta: ultimamente essa tem sido uma vontade que passa por todos os acadêmicos durante a semana de prova.

R: em construção

SP: São Paulo. (essa é boa!). [A pergunta era o q significava sp, no caso, sintagma preposicionado, só quem faz letras sabe disso]

Tchola: Título dado a quase todos professores do sexo masculino, exceto ao Aeroporto de Mosquito. Funciona basicamente como o título de mestrado ou doutorado. Difere-se na colocação em relação ao substantivo. Ex: Dr. Tales, usa-se Tales Tchola; Mestre Paulo, usa-se Paulo Tchola.

U: rima com a piadinha: "Furtadinho, menino tatu, seria conveniente usar o dedão para mexer o angu?

Visconde de Sabugosa: difere-se do original, pois além de ser do sexo feminino, não há sabedoria. A semelhança, então, recai no fato que suas madeixas serem incrivelmente similares as do original. Quando enfurecida, pode utilizá-las como uma arma mortífera, devido a seu fio altamente cortante e ofuscante a nossas vistas.

Xoana: Eu não xei porque exa pexoa vem la do cu do Xudas pra estudar aqui! Mas de qualquer forma, esse ser humano é aquele que pula dentro do guarda-roupa e sai de casa. Suas combinações são freqüentemente copiadas pelo Circo Las Vegas. Calça rosa e blusa azul é seu modelito preferido. Não se esquecendo, é claro, da faixa dos Rebeldes em sua humilde cabeça, realçando a área privilegiada de sua testa, que em outras ocasiões, é utilizada para amolar faca.

Z: Consoante, Contínua, Alveolar, Constritiva, Fricativa e Sonora, utilizada aqui só para fechar o alfabeto e mostrar que o curso de Letras serve pra alguma coisa, afinal, eu duvido que vocês sabiam disso (a ambigüidade é proposital).

Escrito pelo Instituto São Longuinho: Se você der mais de três pulinhos é porque você é gazela!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Situações Inusitadas III – Atrofia Cerebral

Depois de alguns dias sem postar e pode-se considerar esse post como sei lá o que, por não se tratar de uma inspiração ou uma situação vivida de forma assistemática e atípica. Na verdade, esse post pode ser encarado como “a grande desculpa para a falta de inspiração e criatividade para escrever”. E é isso que, modéstia à parte, o torna constituinte do tópico Situações Inusitadas, pois quem conhece a pessoa em questão (EU), sabe que tais características, criatividade e inspiração, é algo nato.
Então vamos ao que não interessa.
Para vocês compreenderem o motivo pelo qual o blog está entregue as moscas, não será preciso grande compreensão, visto que, a maioria (hahahaha) dos leitores estão passando ou já passaram por essa situação. Pois bem, estou em semana de provas. É isso mesmo.
O que tem demais nisso? Começando pelo fato que todos os professores acham que só temos a matéria deles pra estudar e que passamos o dia inteiro “coçando o saco” (no meu caso e das demais meninas coçando qualquer outra parte do corpo, depende do cacoete), passam 12 mil trabalhos contendo 178 milhões de perguntas e conteúdos que mesmo que você leia 16280 zilhões de vezes você ainda não consegue entender, sendo que a data de entrega é AMANHÃ. Ahhhh! Isso sem contar com o fato de ter que estudar 30 apostilas contendo apenas 809 páginas cada uma e sabe pra que dia? AMANHÃ! Até aí nada de tão diferente.
Pois bem, com o vai-e-vem dos “poderosos”, o excelentíssimo, magnífico e atacada pessoa do recém instituído coordenador do Curso de Letras resolveu colocar ordem no curso a essa altura do campeonato (putz! Só falta 1 ano e meio pra me formar!!). Isso é ruim? Sim! Tendo em vista que nos últimos 2 anos e meio, metade das provas eu fazia em casa e as que eram aplicadas em sala eram em dupla ou consulta, ou seja, uma espécie de “se forma logo pq eu quero beber as suas custas” que os professores aplicavam. Sem dúvida o cérebro dos acadêmicos de Letras e futuros professores de Português, Inglês e Literatura de seus filhos (é melhor começar a juntar dinheiro, pois eles precisarão de aulas particulares) está completamente atrofiado. A massa cinzenta dessas pobres criaturas processou a seguinte rotina: 19:15h - assistir a 1ª aula, que no caso é a mesma da 2ª e chegar 5 minutos antes de bater o sinal garante presença nos dois tempos. 20:00h – ir para o bar tomar 1 cerveja (impossível! Meu grupo tem 8...no mínimo 2!) 21:00h – subir para assistir a 3ª aula (mesmo esquema das outras, com um agravante: 21:30h a turma começa a ir embora), ou seja, passamos mais tempo no bar, ou em casa, tiramos notas excelentes (por merecimento mesmo!) e de repente vem um coordenador disfarçado de Vera- Verão querendo tumultuar. Tudo bem... Somos inteligentes! Mas estamos atrofiados para rotinas escabrosas de aprendizagem e memorização, tudo que aplicamos é nato, não dá pra enfiar goela abaixo, de repente, um conteúdo exorbitante que poderia ter sido muito bem distribuído durante esses anos. E pior: conteúdo desnecessário! E é isso mesmo. E acabou. Porque quem vai questionar o fato de estarem buscando melhorias para o ensino? Quem? Quem...?
Não atirem a primeira pedra quem não quiser essas mudanças, senão a cada passo, uma topada.